domingo, 20 de dezembro de 2009

Aceitando Conceitos

A tarde estava assistindo no Discovery um programa que adoro - Agentes Infiltrados; a história desse domingo é que são agentes do FBI que fingem serem mafiosos italianos, estão infiltrados há 5 anos com uma máfia chinesa, no meio da transação os chineses pedem que eles vão conhecer a ilha onde moram e que possuem prostíbulos. E uma das preocupações do agente é que ele tem um casamento legal e não quer estragar nada, o agente pede um apoio ao FBI e eles enviam uma agente do FBI disfarçada de namorada do cara. Dessa forma ele não precisa ir pra putaria pois foi viajar com sua namorada.
Tudo bem, isso é pequeno e tal, mas fez eu pensar que eu realmente não preciso aceitar isso, não tenho que achar normal, legal, ser indiferente, enfim, ser o que não sou.
Engraçado que esse gesto tão minúsculo, a preocupação do cara, que participava de uma coisa tão grande, mas que se preocupou com sua mulher, com seu casamento.
Lógico que no programa isso foi apenas citado, o programa não se baseava nisso, mas achei interessante essa preocupação ter sido mostrada.
E diante disso percebo que o que sinto não é pequeno, há uma razão real pra eu ter esse incômodo, que não devo desdenhar dos meus sentimentos e sensações. Se elas são grandes e tenho essa sensibilidade é porque é importante pra mim, e é isso que importa.
Não quero ser refém desses sentimentos, nem passar a vida me preocupando e gastando energia com isso, mas tenho que saber que eles existem e são importantes, que é necessário eu me respeitar e isso inclui eu não aceitar determinadas coisas.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Desejos

Como saber se você quer uma coisa ou outra, como saber se suas experiências estão de acordo com o que você deseja. Na verdade, acho que todas escolhas são porque você deseja e precisa sim saber e entender as coisas.
Os insights acontecem, e se você estiver aberto para entendê-los, talvez seja o caminho para sua libertação... E essa liberdade significa você, sua essência, sem interferências dos pais, amigos, maridos, ninguêm, a não ser você com você mesmo.
Será que o medo da liberdade é tão grande que é melhor viver no seu mundo mesmo que seja ruim. O que essa energia te leva, quanta libido desperdiçada, sem ao menos você perceber isso.
Será que é tão importante viver determinadas coisas, as vezes pelo simples fato de você entender o que acontece não é o suficiente. E se o seu entender for diferente do seu viver. Se seu sofrimento vier por outras coisas que mesmo vivenciadas são diferentes da sua realidade interna.
Se você vive refém de determinados desejos que na fantasia representam uma coisa mas a realidade é outra. Como se livrar de coisas que conviveram com você e te representaram por muitos anos. Como entender que suas fantasias representam uma coisa e o que te faz sofrer é um conjunto de muitas outras coisas.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mundos diferentes

Fico pensando até que ponto sou radical e preconceituosa e até que ponto apenas vivo num mundo tão diferente dos ideiais que eu tenho. Lógico que se estou aqui tenho que entender e aprender com esta experiência, mas sabe, ontem me peguei triste e preocupada por sofrer tanto com coisas que não vão me acrescentar nada, apenas angústia.
Vou ter 70 anos e saber que passei metade da minha vida com esse sofrimento das diferenças nada saudáveis que existem entre homens e mulheres. Que é tão normal os homens terem casos, irem para puteiros, comerem e desejarem outras mulheres mesmo tendo suas companheiras.
Semana passada, coloquei no google "Entendendo os homens", apareceu em praticamente todos os sites que homens amam suas parceiras mas ele sempre vai traír, sempre vai olhar outras mulheres querendo devorá-las. Porra, e sabe qual o pior disso, eu continuo acreditando que não é dessa forma, que há alguns homens que não são desse jeito, apesar da minha própria experiência me mostrar que eu talvez esteja sendo ingênua em acreditar que isso depende de cada homem. Por isso me questiono tanto. Sofro tanto.
E me pergunto muito, como seria o mundo sob o domínio feminino?
Tem um site que eu entro, está nos blogs que eu sigo, chama Ohlala Mag, porra tem foto de tudo quanto é jeito, mas sempre com homens sendo a base das fotos e eu acho tão legal e bonito. E imagino que seja assim que os homens vivem. Sempre o corpo das mulheres sendo a base de tudo, fotos, filmes, modelos, etc.
E para mim o pior disso, é ter ciência que são as mulheres que causam isso. São elas que acham o corpo dos homens feios, são elas que se sujeitam a ser objeto em todos os sentidos, são elas que jogam com esse poder de serem objeto para conseguir tudo. E a conclusão final, são que, elas no final das contas é que sofrem.
São elas que tem que cuidar da casa, filhos, marido e trabalho. São elas que são abusadas também em todos os sentidos. São violentadas.
E quem passa isso de geração a geração. Elas. Apenas elas.
Será que sofro por ter essa percepção sensível do que vivemos ou apenas estou pirando e querendo que tudo seja dessa forma apenas por ser preconceituosa e careta.
Mas, de verdade, não consigo ver de outra forma. Tudo é voltado ao olhar masculino, temos que viver sob a perspectiva masculina.
São as mulheres que estão sendo contaminadas pela Aids (para cada 1 homem, 10 mulheres são contaminadas). Vi ontem em uma entrevista que ninguém pergunta para um presidente como ele vai arrumar tempo para cuidar da casa e dos filhos, mas para uma presidenta essa foi uma das perguntas.
Entendo que as mulheres avançaram muito, que a partir de 1932 as mulheres puderam votar e participar da sociedade como indivíduo, sem precisar estar atrás de um homem para exercer sua cidadania. Lógico, é um avanço, mas acho tão absurdo ficar feliz com isso. Acho que isso nunca devia ter existido, como assim, qual diferença entre nós e eles. Alias são as mulheres que dão a vida, são elas em conjuntos com eles, que dão direito de todos existirem.
Acredito sinceramente que cada um tem seu papel, que somos diferentes, mas não da forma que nos é exigido, que temos que viver tranquilamente juntos, mas infelizmente aquela história do pêndulo (que para ele ficar no meio, no equilíbrio, é necessário ele ir de uma ponta a outra até ir acalmando e parando no meio, onde é seu ponto de equilíbrio) e isso cabe perfeitamente em nossa sociedade.
E assim vamos vivendo...